quarta-feira, 19 de maio de 2010

VERDADEIROS (AS) ADORADORES (AS) EM MEIO A UMA GERAÇÃO CORROMPIDA

VERDADEIROS (AS) ADORADORES (AS)
EM MEIO A UMA GERAÇÃO CORROMPIDA
(Rf. 2Pe 1.4)

“... Não vos conformeis com este século (mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Paulo, apóstolo (In: Rm. 12:2)


PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE O TEMA PRINCIPAL: O apóstolo Paulo roga a comunidade cristã em Roma – e por herança, todas as comunidades cristãs de todos os tempos, para refletir sobre o presente tempo (gr. aiwni - aioni).1 Recomenda aos cristãos e às cristãs para que não se conformem (tomem a forma de) com as coisas do presente século/ mundo, mas que sejam transformados (gr. metamorfousqe = metamorfousthe) pela renovação da vossa mente, ou seja, o vosso modo de pensar. Precisamos da metamorfose mental para compreendermos o impacto do mundo espiritual no nosso dia-a-dia. Não somente a mente (o modo de pensar), mas também o nosso espírito (o modo de sentir) e o nosso corpo (o modo de agir) serão alvos de transformação contínua, podendo assim oferecer a totalidade de nosso ser como sacríficio – em ações de graças – vivo, santo, agradável e irreprensível a Deus (1 Ts. 5.23).

Esboço de Assuntos deste Seminário Temático:
1. Os Elementos da Verdadeira Adoração
1.1 Verdadeira adoração
1.2 A verdadeira divindade
1.3 O verdadeiro culto
1.4 A verdadeiro espaço da adoração e da palavra

2. A verdadeira adoração requer novo nascimento
2.1 Adoradores (as) buscam a santidade
2.2 Adoradores (as) buscam imitar Cristo
2.3 Adoradores (as) assumem a vocação

Conclusão
1. Os Elementos da Verdadeira Adoração: Mais do que nunca, os conselhos de Paulo vêm nos ajudar a repensar a maneira de prestarmos uma adoração verdadeira, um culto coerente e racional,2 uma liturgia inclusiva, gestos corporais vivos, santos e agradáveis a Deus num presente tempo de confusão, compulsão e convulsão espiritual. Portanto, para realizarmos um culto coerente se faz necessário relacionar a verdadeira adoração com a verdadeira divindade, com o verdadeiro culto e com o verdadeiro espaço sagrado. Se houver, contradição entre estes quatro elementos (adoração, divindade, culto e espaço sagrado), a verdadeira prática adoradora não acontecerá.
1.1 Verdadeira adoração: Poderíamos achar muita arrogância supor que qualquer pessoa possa nos ensinar como devemos adorar (gr. proskunew - proskyneõ = inclinar, reverenciar, se curvar, beijar os pés Cf. Sl. 132.7). Contudo, do livro de Gênesis (4.26; 22.5) ao livro de Apocalipse (19.4) encontramos vestígios da verdadeira e da falsa adoração a Deus. O próprio Deus, segundo a fé cristã, regulamenta a quem se deve adorar e porque se deve adorar (Gn. 20.5; 23.24; Sl. 95.6; Is. 43.21). Há uma convulsão espiritual quase que histérica para definir quem sabe adorar melhor ou adorar mais. Quais igrejas têm verdadeiros ministérios de louvor ou quais igrejas só comportam uma pequena equipe de louvor que, muitas vezes são simples canais de divulgação dos “grandes ministérios e bandas de louvor”. A verdadeira adoração não tem nada a ver com a ostentação, teatralização, consumismo desvairado, glamour ou com a fama. A verdadeira adoração não é algo que nasce no exterior e que é implantada numa noite de louvor ou numa campanha de avivamento. Nasce de dentro para fora! Surge, segundo o salmista, de um coração contrito e a partir de um espírito quebrantado, de um sentir racional (Sl. 24.4; 34.18; 47.7; 51.10; 111.1; 139.1 ss) e de um avivamento contínuo em qualquer circunstância (2Sm. 12. 15-25; Hc. 3.2, 16-19).

Jesus, quando tentado no deserto (Mt. 4.1-11), recusa várias propostas feitas pelo diabo, inclusive de prestar falsa adoração a uma falsa divindade, em um falso culto. Aqui temos uma inquietação! Não basta adorar a divindade verdadeira, mas adorá-la com verdadeira adoração num culto legítimo (gr. Latreia – latréia – cf. Hb. 9.1).

1.2 A verdadeira divindade: A verdadeira divindade é aquela que é divina em si mesma. Na fé judaico-cristã-islâmica,3 só existe um Deus, que não pode ser adorado e nem ser representado por imagens, estátuas ou figuras (abstratas ou concretas) produzidas por mente ou mãos humanas (Ex. 20.4; Dt. 6.4; Sl. 115; Rm. 1.18 ss; Ap. 13; Surata 31.13; 33.33).
Não terás outros deuses diante de mim [...] Não farás para ti imagem de escultura. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás... (Ex. 20.3-5)

Ó filho meu, não atribuas parceiros a Deus, porque a idolatria é grave iniqüidade [...] E permanecei tranqüilas em vossos lares, e não façais exibições, como as da época da idolatria; observai a oração, pagai o zakat , obedecei a Deus e ao seu Mensageiro, porque Deus só deseja afastar de vós a abominação, ó membros da Casa, bem como purificar-vos integralmente. (Surata 31.13; 33.33)


No livro de Deuteronômio (6.4) observamos o Shemá Yisrael que atesta que ADONAI é o Único Deus.4 Yahwéh [heb. יְהוָה] é na tradição hebraica o EU SOU o que EU SOU (Eu serei o que serei),5 o Deus que existe em si, por e para si mesmo antes que houvesse os céus e a Terra (a criação, os anjos e os humanos – Is. 43.13; 45.5 ss). A falsa divindade é aquela que é concebida por humanos e é potencializada e divinizada, tomando o lugar e a primazia de Deus (fama, glória, riquezas, dinheiro/ “mamon”, poder, mercado, amigos, sexo etc).
A falsa divindade nunca é em si e para si mesma. A divindade falsa sempre tem um objetivo que vem antes e depois dela. Portanto, a verdadeira divindade é aquela que não necessita de explicações ou aceitação por consenso ou por maioria de adeptos.
Nada tem o poder de proteger, justificar ou defender a divindade de Yahwéh, pois tudo e todos têm uma imagem de Deus que deve ser questionada diuturna e continuamente. Qualquer divindade que fala por si mesma, mas seu principio e finalidade é questionável, pois procura uma glória que não é sua (Jo. 7.18; Is. 42.8). Portanto é uma falsa divindade. O único ser que pode interpretar e revelar a verdadeira divindade foi e é a pessoa de Jesus Cristo (Mt. 4.10; Jo. 7.16-18; 2Co 3.18; 4.4; Cl. 1.15; ref. ao Espírito Santo 1Co 2.10 que interpreta as profundezas de Deus).

1.3 O verdadeiro culto: O verdadeiro culto ou liturgia (leitourgias = leitourgias) deve ser coerente às propostas que os próprios celebrantes se prestam a fazê-lo. Prestar culto a Deus em liturgia não significa engessar a celebração e sim dar à celebração uma dinâmica onde o povo sirva a Deus e se sirva em [e na] comunidade.
Muitos cultos têm fugido plenamente de seus propósitos. A Ceia [a], o batismo [b], ordenação de ministros [c], apresentação de crianças e cerimônias matrimoniais [d] ou fúnebres [e], que no culto cristão são cerimônias que visam ADORAR e GLORIFICAR a Deus pela comunhão [a], pela salvação [b], pela vocação recebida [c], pela renovação da comunidade [d] e pela esperança da ressurreição [e], não têm mais sentido, visto que só se tornaram um ajuntamento de pessoas, cada qual com objetivos diferentes. São cultos de adoração vazios e não são conseqüentemente didáticos. O culto se torna falso quando serve a propósitos escusos e arbitrários para promover qualquer outra coisa do que a adoração a Deus e a comunhão da comunidade cristã. Vários cultos cristãos hoje são direcionados a promover:
a) a política do Estado (Dn. 3; Ap. 13);
b) a adoração a seres celestiais como anjos (Cl. 2.18);
c) a adoração e a bajulação de homens (Rm 1.18ss; 1Ts 2.5-8);
d) a adoração a coisas abstratas (Mt. 6.24; 1 Tm. 6.10, por exemplo, o amor ao dinheiro) e;
e) a adoração do “mercado” de consumismo espiritual compulsivo e desenfreado (Is. 29.13; Ap. 17-18).
A liturgia verdadeira é aquela que é inclusiva, onde pessoas (meninas e meninos, moças e rapazes, mulheres e homens, idosas e idosos, com ou sem deficiência), dons, carismas e ministérios têm seu espaço garantido! Hinos clássicos e novos cânticos não podem viver numa tensão e concorrência constante.
Infelizmente, alguns “levitas”, agora ressuscitados do sacerdócio da Antiga Aliança (Lv. 10.1 ss), tumultuam o culto com cânticos e mantras intermináveis (Hb. 7.11), “os apóstolos” que ressurgiram com a polpa dos sacerdotes israelitas aaraônicos (e às vezes faraônicos) imitam símbolos e uma mística copiada de um tempo imemorial (Is. 29.13; Jr. 2.8) que nem os próprios judeus hodiernos praticam e “os profetas” da última hora que antecipam as palavras que Deus “ainda” não mandou falar (Is. 30.10; Jr. 5.13, 31; 6.13; 23.16; Ez. 13.1-23) devem saber, pelo mesmo é coerente pensar assim, que o culto verdadeiro deve ter a participação do povo simples e até dos iletrados na letra, mas que não são iletrados nas coisas do espírito. Se há verdade no louvor, tudo é feito para glória de Deus! O verdadeiro culto preza pela participação de todos os membros da comunidade, desde a tenra infância até a idade avançada (Harpa Cristã, Hino 124 § 6 e “7”).

1.4 O verdadeiro espaço da adoração e da palavra: Múltiplas espiritualidades estão sendo vivenciadas no mesmo espaço. A pluralidade de temporalidades está na realidade do tempo presente (saudades, expectativas, atos proféticos etc).

Todos/ as podem participar do culto com cânticos, orações, salmos, danças, testemunho e saudação (1 Co. 12.1; 14.1 ss; Ef. 4.12 ss; 5.19; Cl. 3.16). Porém, não podemos deixar de convidar a divindade verdadeira para participar deste culto verdadeiro (Ap. 3.20; Hb. 4.7), pois a Palavra de Deus – representante inspirada e legitimada pelo Espírito da Verdade, deve ter seu TEMPO e ESPAÇO garantidos na liturgia. O espaço da Palavra não pode ser fracionado a poucos minutos. O mesmo tempo e espaço que temos para cânticos, testemunhos e devocionais, deve ser ofertado para Deus e sua Palavra.
Para que haja coerência em um culto racional que preza pela ordem e decência (1 Co. 14.40) devemos tirar toda a confusão espiritual do mesmo. “Se eu canto, se tu cantas, se ele canta, se nós cantamos, quando todos cantam, quando Deus poderá falar conosco através da sua Palavra? (Sl. 119.9; Rm. 10.17).
Devemos levar em conta também que desde a antiguidade a humanidade procura um lugar sagrado para adorar, seja em altares feitos de materiais diversos, tabernáculos, templos, sinagogas e casas. Jesus, num certo momento de seu ministério, se encontra discutindo a teologia da adoração com a mulher samaritana (Jo. 4.19 ss). Aquela mulher de Samaria, assim como os judeus de Jerusalém, acreditavam piamente que o lugar certo de adorar era só em suas respectivas cidades. Jesus resolve esse problema “teofânico-eclesiológico” mudando a tônica do discurso, para uma realidade “epifânico-escatológica” (Jo. 4.23) e “pneumatológica” (Jo. 4.23,24). Hoje, não existe melhor Templo e melhor lugar sagrado para a adoração do que o NOSSO CORPO e, de forma mais ampla, na UNIDADE do CORPO de CRISTO (Rm 8.9; 1Co 3.16,17; 6.19; 2Co 6.16; Ef 2.21; Tg 4.5; Ap. 21.3).
***
2. A verdadeira adoração requer novo nascimento: Seguindo as orientações de Paulo podemos aplicar para a espiritualidade cristã uma total mudança de pensamento. Ser adorador implica indiscutivelmente, no novo nascimento, na imitação de Cristo e na aceitação da vocação de Deus em nossa vida. Essas três categorias nos conduz à mudança do modo de pensar nesse presente tempo, para que assim possamos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

2.1 Adoradores (as) buscam a santidade: A vontade de Deus é que busquemos a santidade (1Ts 4.3; 2 Co. 7.1). O escritor aos Hebreus diz que sem a correção dos erros (Hb. 12.10), sem a comunhão (paz com todos) e sem a santificação, ninguém poderá ver a Deus (Hb. 12.14). Pedro também relaciona a busca da santidade com a mudança de atitude e com a imitação de Deus (1 Pe. 1.14, 15; cf. tb. Rm. 8.29; Cl. 3.10).
Ser convidado a imitar o próprio Deus (Ef. 5.1) é uma honra, aliás, é um convite para participarmos da sua glória, da sua virtude e da sua natureza divina e, através dos méritos de Cristo, nos livrarmos da “corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pe. 1.3-11; 1 Ts. 1.6; Cl. 2.14; Hb. 6.12).
A Santidade Adoradora não se mede pela quantidade de sacrificios, jejuns e orações, mas pela qualidade das nossas atitudes, sejam elas fisicas, mentais, sentimentais e/ ou espirituais. O poder dos adoradores está na virtude do Espírito Santo. A virtude do Espírito Santo nos concede o carater de Cristo, o amor do Pai e o fruto do próprio Espírito de Deus (Gl. 5.22 ss; Ef. 2.4 ss; 2 Pe. 1.3 ss).

2.2 Adoradores (as) buscam imitar Cristo: Buscar a santidade é prontamente aceitar a imagem do Deus invisivel revelada em Jesus de Nazaré (2 Co. 4.4; Cl. 1.15; 3.10; Rm. 8.29). Para que sejamos verdadeiros adoradores/ as necessitamos exalar e sermos o bom perfume de Cristo (2 Co. 2.15), imitar o carater de Cristo, aprender dele e seguí-lo (Mt. 11.28; Mt. 16.24). A dificuldade reside quando não imitamos a Deus nas coisas que Ele nos proporciona a imitá-lo. Preferimos imitar estilos, modismos, personalidades, “ídolos”, ritmos e práticas momentâneas e descartáveis do que imitar a Deus, o Eterno. Infelizmente, essa prática mimética não corresponde à uma atitude adoradora!

2.3 Adoradores (as) assumem a vocação: Assumir uma vocação é atender uma voz que chama para uma ação (latim: vocare). Na etimologia da palavra Igreja (gr. Ekklesia) encontramos a junção de dois termos ligados ao termo vocação. Do verbo grego (kalew) “Kaleo” (chamar) surge o termo (klesis) “Klésis” (chamado/ vocacionado/ convocado) somado à preposição “ek” (do, para fora). Paulo salienta que temos uma vocação pela qual fomos chamados (gr: Eklethete; cf. Ef. 4.1).6 Fomos chamados para fora de uma geração corrupta (Fp. 2.15) para sermos filhos da obediência como uma geração eleita (1Pe. 2.9) na congregação de vocacionados (1Co 1.26).
Reconhecer os dons e ministérios de Deus em nós é, sem dúvida, assumir a nossa vocação.
“Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância, pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.” Pedro, apóstolo (In: 1 Pe. 1.14)

Conclusão:


O mundo criado é uma maravilha e cosmeticamente belo. A palavra MUNDO (gr. Kosmos, transl. Kosmos) é o termo que define o habitat dos seres animados (biologicamente) e de objetos não-animados (geologia). O mundo pode significa a raça humana, as pessoas que habitam o planeta Terra. Aliás, a palavra mundo significa o próprio planeta Terra, ou Globo terrestre (Global). É no mundo, no bom sentido da palavra, que nascemos, vivemos, crescemos – passamos pela adolescencia, juventude, fase adulta e morremos... conhecemos Deus, nossa família, amigos, pessoas que nos dizem ser inimigas etc. Este é o mundo que Deus amou de tal maneira... “não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo” (Jo. 3).
A palavra mundo também pode ser utilizado como substantivo ou adjetivo: o mundo dos esportes, o mundo da moda, o mundo dos negócios, o mundo das religiões etc. Na filosofia platônica, existe o Mundo das idéias (reminiscências) e o Mundo Real. Na Teologia Judaico-Cristã o mundo pode ter TRÊS definições básicas: a) o mundo caótico; b) o mundo cosmético; c) o mundo pós-morte. Geralmente, no cristianismo, o mundo é citado junto com outros substantivos como, por exemplo, o mundo e o diabo, o mundo e a carne, o mundo e o pecado, o mundo e o inferno, o mundo e a morte. O mundo, no sentido ruim do termo, representa TUDO que nós afasta da comunhão com Deus. Se torna caótico, pois não existe uma ordem que visa glorificar e adorar a Deus.
A atual geração acumula indiscriminadamente os pecados pessoais e estruturais de todos os tempos e lugares. É a globalização, melhor ainda, a mundanização das práticas que afastam cada vez mais a humanidade da verdadeira adoração e consequentemente da verdadeira Divindade. Se há algo que Deus ainda procura são adoradores (as). “Eia! Vejamos os que os filhos dos homens estão fazendo!” ou “Adam, onde você está?” continuam sendo expressões atualíssimas para refletirmos onde, como e de que maneira adoramos. Sejamos uma geração eleita no meio de uma geração corrupta, corrompida e corrompidora.
Kurie Elehson! Criste Elehson!
[Senhor, Cristo tende misericórdia de nós]


Texto de Marcos José Martins - Evangelista
(Professor, Teólogo, Musicista, Escritor e Conferencista)

Notas Bibliográficas:

[1]Aioni deriva da expressão grega “aion” (eterno). Dependendo do contexto, esta expressão pode estar se referindo ao que é [tempo] Eterno ou ao que é “eterno” enquanto dura ou permanece. [Subst. Dativo masc. Subordinativa]
[2]Englobamos aqui todos os tipos de inteligência: a) racional; b) emocional e c) espiritual. Conquanto que sejam verdadeiras no tocante à glorificação de Deus-Trino e que produzam contextualmente beneficios aos seres humanos.
[3]Contudo, o Al Corão não admite uma Trindade divina na tradição bíblico-teológica cristã e não existe nenhuma referência ao Espírito Santo na tradição judaíco-cristã como uma pessoa divina. Jesus é visto como Messias, mas não é Deus Aláh (Surata 5.72-73). A esse tipo de monoteísmo denominamos de monoteísmo radical. (Consulta em 23 de março de 2010). Conferir também em Fonte:http://www.cacp.org.br/Islamismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=347&menu=4&submenu=1
[4] שְׁמַע יִשְׂרָאֵל יְהוָה אֱלֹהֵינוּ יְהוָה אֶחָד ◄. Este texto afirma a crença judaica no monoteísmo. Essa confissão de fé hebraica transliterada é assim pronunciada “Shemá Yisrael: Adonai Elohêynu, Adonai Echad”.
[5]אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה ◄. Essa expressão significa literalmente “EU SOU O QUE SOU”. Deus é o Único Ser que existe e subsiste em si. Mesmo. A pronuncia dessa expressão hebraica transliterada é “Ehyeh asher ehyeh”.
[6] Não há aqui nenhum erro na regra gramatical da língua portuguesa, uma redundância. A expressão tem a ver com um reforço da idéia da vocação.
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Bibliografia consultada e indicada:

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Manual da Harpa Cristã. São Paulo, CPAD, 1ª ed. 1999. 240 p.
Bíblia de Estudo Almeida Revista e Atualizada. SBB. 1999: 2005.
Biblia Hebraica Stuttgartensia. 5. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 1997. 1573 p.
Bíblia Sagrada. Novo Testamento Interlinear Grego-Português. Barueri: SBB, 2007. 978 p
GINGRICH, F. Wilbur. Léxico do NT grego/português. (Trad. Julio Zabatiero). São Paulo: Edições Vida Nova. 228 p.
HINÁRIO. Harpa Cristã. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), 1981. 13ª. Edição. (Com música).
KIRST, Nelson; SCHWANTES, Milton (orgs.). Dicionário hebraico-português & aramaico-português. 21. ed. S. Leopoldo: Sinodal; Petrópolis: Vozes, 2008. 305 p.
RAMOS, Luiz Carlos (Orgs.). Anuário Litúrgico: Faculdade de Teologia da Igreja Metodista. S. B. Campo, SP: EDITEO. Anual. 2007.
TAYLOR, William Carey. Dicionário do Novo Testamento grego. 10. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 2001. 247 p.

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